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Homenagem a Graciliano abre Salão do Jornalista Escritor

Publicado em 06 d setembro d 2013

Do site do Memorial
Link original

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http://youtu.be/9sYGD-Vwhes

Clique aqui para ver a programação completa do evento.

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Não poderia ter sido mais coerente com a pauta do II Salão Nacional do Jornalista Escritor, que começou nesta sexta-feira no Memorial da América Latina, o breve e conciso texto com que o neto de Graciliano Ramos agradeceu a homenagem ao avô.

”A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso. A palavra foi feita para dizer”, dizia o jornalista e escritor alagoano, que há exatos 80 anos publicava seu primeiro romance, Caetés, que lhe deu o Prêmio Brasil de Literatura. O Velho Graça, lembrou Ricardo Ramos Filho, o neto escritor, também ensinou que o ato de escrever deve ser como o das lavadeiras na beira do rio. Simples, sem firulas. Se preciso, repetidas vezes, até que a roupa fique bem enxuta.

Outro alagoano, Audálio Dantas, idealizador do Salão em 2007 e agora curador e organizador dessa edição, com o aval da União Brasileira de Escritores, falou pouco, como manda o figurino que Ricardo Ramos repetiria em seguida. Foi curto e grosso quando elencou as dificuldades para gestar o evento, que, para ele, não mereceu a mesma consideração da política cultural que foi dedicada aos artistas da moda – numa referência à recente concessão de benefícios da Lei Rouanet para desfiles de estilistas.

Além de Audálio e Ricardo Ramos Filho, também participaram da abertura do Salão o presidente do Memorial da América Latina, João Batista de Andrade, o presidente da União Brasileira de Escritores, Joaquim Maria Botelho, o secretário de Energia estadual, José Anibal, representando o governador Geraldo Alckmin, e o presidente da Câmara Municipal, o jornalista José Américo.

O público-alvo do encontro estava lá: jornalistas e escritores da velha guarda e futuros profissionais, que após a abertura percorreram o espaço do foyer do auditório Simon Bolivar, onde foi inaugurada a Exposição Fotográfica Sobre “A História da UBE – União Brasileira de Escritores”. Os debates começaram por volta das 14h, com o tête-à-tête dos jornalistas-escritores Juca Kfouri e Heródoto Barbeiro, intermediado por Sérgio Gomes. Na segunda mesa, Eliane Brum e José Nêumanne Pinto foram sabatinados por Fernando Mitre. E já na entrada da noite, Antonio Torres e Miram Leitão foram colocados no paredão pelas lentes de João Batista de Andrade.

A entrada é gratuita.  A programação segue até domingo à noite com várias duplas de debatedores.

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“A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso.
A palavra foi feita para dizer.”

em entrevista a Joel Silveira, 1948