Obra

A Terra dos Meninos Pelados (1939)

Havia um menino diferente dos outros meninos. Tinha o olho direito preto, o esquerdo azul e a cabeça pelada. Os vizinhos mangavam dele e gritavam:
– Ô pelado!
Tanto gritaram que ele se acostumou, achou o apelido certo, deu para se assinar a carvão nas paredes: Dr. Raimundo Pelado. Era de bom gênio e não se zangava; mas os garotos dos arredores fugiam ao vê-lo, escondiam-se por detrás das árvores da rua, mudavam a voz e perguntavam que fim tinham levado os cabelos dele.
Não tendo com quem entender-se, Raimundo Pelado falava só, e os outros pensavam que ele estava malucando.
Estava nada! Conversava sozinho e desenhava na calçada coisas maravilhosas do país de Tatipirun, onde não há cabelos e as pessoas têm um olho preto e outro azul.

.

Saiba mais.

.

Edições nacionais

1ª Edição: 1939 (Globo – RS)
2ª Edição: 1975 (Instituto Estadual do Livro/INL – RJ)
Gênero: Conto infanto-juvenil

Edição mais recente pela Editora Record: 1ª (2014) pela coleção Galera Junior
Ilustrações de Jean-Claude Ramos Alphen

No ano de sua publicação, A Terra dos Meninos Pelados recebeu o Prêmio de Literatura Infantil do Ministério da Educação.

 

Edições estrangeiras

Não temos notícia de edições estrangeiras desta obra

 

Capas

 

Ilustrações

 

Na TV

Em dez.2003, A Terra dos Meninos Pelados foi adaptado para a TV pela Rede Globo.

.

Ação social

Em nov.2012, o bloco de Quimioterapia do Instituto do Câncer Infantil do Agreste – ICIA foi inaugurado com o nome de “A Terra dos Meninos Pelados”.

Clique no banner abaixo e colabore com a história real destes “peladinhos”:

Colabore com o Instituto do Câncer Infantil do Agreste

 

CONHEÇA A OBRA DE GRACILIANO RAMOS

  • Caetés (1933)
  • Caetés – edição especial 80 anos (2013)
  • S. Bernardo (1934)
  • Angústia (1936)
  • Angústia – edição especial 75 anos (2011)
  • Vidas Secas (1938)
  • Vidas Secas – edição especial 70 anos (2008)
  • Vidas Secas – em quadrinhos (2015)
  • Infância (1945)
  • Insônia (1947)
  • Memórias do Cárcere (1953)
  • Viagem (1954)
  • Linhas Tortas (1962)
  • Viventes das Alagoas (1962)
  • Garranchos (2012)
  • Cangaços (2014)
  • Conversas (2014)
  • A Terra dos Meninos Pelados (1939)
  • Histórias de Alexandre (1944)
  • Alexandre e Outros Heróis (1962)
  • O Estribo de Prata (1984)
  • Minsk (2013)
  • Cartas (1980)
  • Cartas de Amor a Heloísa (1992)
  • Dois Dedos (1945)
  • Histórias Incompletas (1946)
  • Brandão entre o Mar e o Amor (1942)
  • Memórias de um Negro (1940) Booker T. Washington, tradução
  • A Peste (1950) Albert Camus, tradução

“Apareça o filho da puta que disse que eu não sabia montar em burro bravo!”

Em bilhete enviado a Chico Cavalcanti, aceitando a candidatura a prefeito de Palmeira dos Índios – AL, 1927 (O Velho Graça, Dênis de Moraes, Boitempo, pg. 61)